segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Máquinas que enxergam


















Câmeras sabem quem entrou na loja, que produtos têm defeitos e até se a bola saiu da quadra.

Quem passa pela porta de uma das Lojas Marisa espalhadas pelo país pode até desconfiar que será vigiado enquanto passeia entre araras com blusas, bermudas ou lençóis. Mas poucos imaginam que as câmeras instaladas na loja não servem só para garantir a segurança. A Marisa, uma das principais redes varejistas do Brasil, está investindo em novas tecnologias para monitorar seus clientes. E um dos objetivos, agora, é conhecer melhor o comportamento das pessoas para aprimorar o atendimento e a eficácia da propaganda dentro da loja.

Acima das portas ficam câmeras que medem o volume de pessoas que entram e saem. Outras câmeras, localizadas sobre os caixas, contam o número de clientes nas filas, para indicar se há necessidade de deslocar mais funcionários para ajudar no atendimento. Tudo é feito em tempo real e reportado por meio de relatórios na web. Essa combinação de dois conjuntos de câmeras é encontrada também em outras lojas, bancos, shoppings e supermercados. As empresas usam recursos de visão computacional — incluindo imagens térmicas obtidas por sensores de infravermelho — para identificar e contar as pessoas.

A principal novidade do projeto criado pela empresa brasileira 3RCorp, que está instalando o sistema na Marisa, é a adoção de displays inteligentes. Cada display é formado por uma câmera e um televisor que exibe publicidade. A câmera reconhece a presença das pessoas em frente à TV. Assim, o sistema pode cronometrar o tempo em que elas fi cam por lá. Essa informação vai para um banco de dados. Cruzando esses dados com a programação de anúncios, a rede de lojas é capaz de saber o que atrai mais a atenção dos consumidores. Pode, assim, alterar a programação de acordo com o gosto das pessoas. Esse sistema é uma ferramenta valiosa para anunciantes e agências que usam esse tipo de mídia. “Não existia, até agora, essa noção da audiência das mídias indoor porque não havia como medir”, diz Fábio Vitaliano Filho, diretor da 3RCorp. Há dois passos já planejados para aperfeiçoar o sistema de monitoramento. Primeiro, a 3RCorp pretende implantar o reconhecimento do sexo dos visitantes — com 85% de acerto. Em seguida, a ideia é medir a fidelidade dos clientes. Para isso, eles serão identificados por meio de características faciais como posição dos olhos, do nariz e da boca. Caso seja preciso gravar as imagens para analisá-las, os clientes serão avisados por aquela conhecida placa de “Sorria, você está sendo filmado”.

Fonte e a matéria completa: Info Online

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