domingo, 15 de março de 2009

Como usar outros programas em um notebook sem interromper a projeção em um datashow

Esta dica é bastante útil para aquelas reuniões em que você não pode fazer mais nada com seu notebook porque ele está ligado no datashow, projetando uma apresentação.

Você pode configurar seu notebook para “dividir” as imagens entre seu monitor e o datashow, mostrando a apresentação no datashow mas liberando seu monitor para outras coisas - usar outros programas, editar outros slides da mesma apresentação ou até mesmo o slide que está sendo projetado, ao mesmo tempo que ele é exibido, em tela cheia, no datashow.

As configurações são bem simples:

1) Acesse a tela de “propriedades de vídeo” clicando com o botão direito na área de trabalho e selecionando “propriedades” (ou usando o ícone “Vídeo” do Painel de Controle.

2) Na última aba (configurações), note que existem duas “telas” sendo exibidos na figura. A tela 1 é seu próprio monitor e a tela 2 representa um “segundo monitor virtual”, ou seja, a saída de vídeo do notebook.


Sim, meu Windows XP é em inglês…
3) Clique neste segundo monitor (a tela com o número 2) e marque a opção “Estender a área de trabalho do Windows neste monitor”. Ajuste a resolução da tela e o número de cores - 800×600 e 32 bits de cor devem funcionar em praticamente todos os datashows - e depois clique em OK.Se tudo der certo, você vai ver o papel de parede da sua área de trabalho projetado no datashow. Na verdade, o que ele está mostrando é uma extensão da sua área de trabalho que, por enquanto, está vazia. Você consegue mover o mouse até este “desktop estendido”, basta arrastá-lo para além do limite direito da tela do notebook e ele vai “passar” para o datashow. Isto acontece porque, para o Windows, a imagem do datashow é um segundo monitor, posicionado do lado direito da tela do notebook, exatamente como mostrado na figura acima.

4) Agora só falta configurar o PowerPoint. No menu “Apresentações” escolha “Configurar Apresentação”.

5) Na caixa “Exibir apresentação de slides em”, selecione o segundo monitor, aquele que foi configurado no passo 2. Clique em OK.


…mas meu PowerPoint é em português.
6) Para testar, pressione F5: o slide será projetado no datashow, mas a tela do notebook não vai se alterar.Importante: Ao trabalhar com outros programas enquanto projeta uma apresentação, você precisa se lembrar sempre de selecionar a apresentação antes de poder avançar/voltar o slide usando as teclas Page Up/Page Down. Para isto, basta dar um clique na tela do datashow ou clicar no botão “reiniciar apresentação de slides”, que aparece no PowerPoint quando você alterna para outro programa. Alternativamente, você pode usar os controles clicáveis que aparecem no canto inferior direito da apresentação (no datashow) quando você move o mouse sobre ela.

PowerPoint: de "slides medonhos" a "coisas lindas" em seis passos simples

Comecemos com um exemplo de uma típica apresentação em PowerPoint, daquelas que dão mais medo do que a Preta Gil de biquíni na praia:


Ao contrário da Preta Gil, este slide tem salvação. Vamos aos passos:

1) Contraste: é preto no branco.

Contraste não é aquele botão da sua TV ou aquilo que você bebe pra fazer alguns exames médicos: é a diferença, de cor e luminosidade, entre duas partes de uma imagem. No slide acima, o pouco contraste entre o azul escuro do topo e o texto do título faz nossos pobres olhos sofrerem pra poder entender o que está escrito: azul escuro e preto são parecidas demais.

Para facilitar a leitura de qualquer coisa, quanto mais contraste, melhor. Pegue qualquer livro e tá lá: letras pretas sobre papel branco. Mais contraste que isso, impossível. Veja só a diferença quando removemos o fundo assustador do slide e deixamos tudo “preto no branco”.



2) Deixe o slide respirar

Talvez para tentar mostrar serviço pro chefe, o estagiário que fez esta apresentação (ora, só pode ter sido um estagiário!) entupiu cada um dos slides com o máximo de conteúdo que conseguiu.

Acontece que tem uma coisa vital para um slide ficar agradável de ler: é o que os designers chamam de espaço negativo. Não, isto não é nenhuma dimensão paralela: são apenas as margens, espaço entre figuras, entre parágrafos… ou seja, espaços em branco. Quando você tem pouco espaço negativo, o slide fica entulhado demais. No exemplo abaixo, eu reduzi o tamanho de algumas coisas para aumentar o espaço negativo e permitir que os olhos “descansem” melhor ao ler o slide.



3) A fonte de todos os seus problemas é a fonte.

Como em “O Inferno de Dante”, eu acredito que o inferno é dividido em camadas. Quanto mais profunda for a camada onde você fica, mais danado você está.

De cima pra baixo imagino que o inferno tenha divisões para: nazistas, estupradores, pedófilos, pedófilos estupradores, políticos e, logo abaixo, pessoas que usam Times New Roman em apresentações. E na última camada, a mais profunda, estão os que usam Comic Sans…

A partir de agora você fica, portanto, proibido de usar estas duas fontes no PowerPoint (Comic Sans você não deve usar em lugar NENHUM). E siga sempre três mandamentos básicos:

Mandamento 1: Jamais usarás mais de uma fonte na mesma apresentação;
Mandamento 2: Jamais usarás fontes serifadas (aquelas que, como a fatídica Times New Roman, tem aquelas “voltinhas” no pé das letras);
Mandamento 3: NÃO ESCREVERÁS TUDO EM MAIÚSCULAS, pois fica parecendo que você está gritando. E mamãe já dizia que quem grita perde a razão.


As terríveis serifas! (Figura “emprestada” da Wikipedia)Veja o slide com Arial no texto todo e sem maiúsculas. Agora não preciso mais me preocupar em ir parar no inferno…



4) Apague toda informação inútil

Vamos queimar um pouquinho de fosfato extra com o título do slide: “desempenho das equipes de vendas no quarto trimestre de 2006″. Precisa mesmo dizer que é no “quarto trimestre” se no gráfico ele está mais do que destacado? E no parágrafo logo abaixo você fala de novo do bendito quarto trimestre. Arranque fora.

Além disso, o destaque no gráfico é feito com a linha vermelha e também com a grande seta azul. Precisa mesmo destacá-lo de duas formas? Seria isto um backup para o caso de alguém não ver um dos dois itens? Arranque fora um deles, é redundância, não serve pra nada.

Agora, leia de novo o parágrafo do meio do slide: “As vendas apresentaram uma queda bastante expressiva nos últimos três meses de 2006, conforme mostrado no gráfico abaixo”. Este é um excelente exemplo de embromação. Afinal de contas, que informação nova este texto acrescenta ao slide? Já sabemos que é em 2006 (o título mostra isso), que é no último trimestre e que as vendas caíram (o gráfico mostra isso, e durante a apresentação isso vai, obviamente, ser citado). Arranque fora, sem dó. E veja a diferença…



5) Agora que você já apagou toda informação inútil, apague toda informação inútil.

“Mas… mas eu já tirei tudo que podia!”, você poderia pensar. E eu estou apenas começando…

Lembre-se que o objetivo de qualquer slide é passar uma mensagem, dar uma informação. Todos os elementos do slide tem que ajudar a passar a informação. Tudo mesmo, desde o texto até as bordas, figuras e cores. Se alguma coisa no seu slide não está ajudando a passar a mensagem, é lixo. Não serve pra nada. Merece levar um delete nas fuças.

A logomarca da empresa, por exemplo, é importante em apresentações externas para clientes ou fornecedores, mas é completamente inútil para apresentações internas. Ora, você está apresentando para seu próprio pessoal: algum deles, por um acaso, não sabe em que empresa está trabalhando?

No título, você precisa mesmo falar em “desempenho”? O gráfico não deixa isto claro? E as “equipes”? Elas sequer são mencionadas no resto do slide. E o gráfico? Eu sei que os gráficos 3D do Excel são bonitos e tal, mas lembre-se: o que é que você quer com o gráfico? Mostrar o quanto coisas 3D são bonitas ou dar uma idéia visual da quantidade vendida em cada trimestre? Neste caso, um grafiquinho simples resolve.

Aquele textinho com os valores dos trimestres, ao lado do gráfico, também precisa sumir. Se colocarmos os valores de cada trimestre em cima de cada coluna do gráfico, e indicar com uma pequena frase a unidade de medida e escala de tempo, dá pra deletar não somente este texto como também as linhas de grade do gráfico (não ajudam em nada e poluem o visual), os rótulos do eixo horizontal e o eixo vertical inteirinho. A legenda (”série 1″? E daí?) e a borda também devem ser arrancadas fora.

Agora veja a diferença: temos muito menos informação visual inútil atrapalhando a informação realmente útil. Antes a pessoa lia o slide inteiro, com uma certa dificuldade, e entendia o conteúdo. Agora basta uma confortável passada de olho.



6) A hora do “plus”

Agora temos um slide realmente apresentável… o que ainda não é suficiente. Não se contente com pouco! Queremos um slide que seja tão lindo, mas tão lindo que faça seu chefe querer lamber a tela do computador quando ver a apresentação.

Existem várias maneiras de conseguirmos isto (não, trabalhar para um chefe louco não vale):

Em vez de usar a fonte Arial manjada, use a Trebuchet MS. É a fonte que uso nos textos neste blog, inclusive. Ela é bonita, diferente e bem legível, principalmente nos números.
Em vez de usar uma cor “chapada” no gráfico, retire a borda das colunas e aplique um leve degradê (”efeitos de preenchimento”, no Excel), para dar a impressão de que as colunas são sólidas mesmo.
Ao invés de destacar o quarto trimestre com a “clássica” linha vermelha, por que não apenas mudar a cor da última coluna do gráfico, e dar um negrito no valor? Vai dar um destaque e ser discreto ao mesmo tempo (se é que isso faz sentido).
Em vez de dividir a área entre o título e o conteúdo do slide com uma linha preta, reta e chata, use também um degradê (da mesma cor do gráfico, pelo amor de Deus, senão daqui a pouco teremos um arco-íris de alegria colorida ao invés de um esquema de cores com aparência profissional).
Procure deixar os espaçamentos mais uniformes. O título, por exemplo, está mais distante do topo do slide do que da margem esquerda. Sim, parece ser o ápice da frescura e ninguém vai te dizer “UAAU que espaçamento lindo”, mas tenha certeza: inconscientemente as pessoas percebem.

Agora, contemple a beleza estética de um bom slide de PowerPoint. E por favor, não lamba seu monitor!



E então? Concorda? Discorda? Opine nos comentários.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Como fazer seu iTunes conversar com o teclado multimídia

Eu sou um dos adeptos ao iTunes. Ele até que é um bom bom player, mas tem uns bugs idiotas. Um deles é assim: se você tem um teclado multimídia, daqueles com teclas “play” e “pause”, elas só funcionam no iTunes se ele for o programa ativo no momento, o que mata a praticidade de um teclado desse tipo.

Achei a solução. É só baixar um arquivo chamado mmkeys.dll (mirror aqui) e botar em c:\Arquivos de Programas\iTunes\Plug-Ins. Crie a pasta “Plug-Ins” (com hífen e tudo) se ela não existir. Se tudo der certo, o “play” e “pause” do seu teclado vão playzar e pausear o iTunes independentemente de qual programa você estiver usando.

O engraçado é que pouca gente sabe que o iTunes aceita plugins. Tem vários outros bons plugins neste link, por sinal.

terça-feira, 10 de março de 2009

Crise mundial

"Vou fazer um slideshow para você.
Está preparado?
É comum, você já viu essas imagens antes.
Quem sabe até já se acostumou com elas.
Começa com aquelas crianças famintas da África.
Aquelas com os ossos visíveis por baixo da pele.
Aquelas com moscas nos olhos.
Os slides se sucedem.
Êxodos de populações inteiras.
Gente faminta.
Gente pobre.
Gente sem futuro.
Durante décadas, vimos essas imagens.
No Discovery Channel, na National Geographic, nos concursos de foto.
Algumas viraram até objetos de arte, em livros de fotógrafos renomados.
São imagens de miséria que comovem.
São imagens que criam plataformas de governo.
Criam ONGs.
Criam entidades.
Criam movimentos sociais.
A miséria pelo mundo, seja em Uganda ou no Ceará, na Índia ou em Bogotá sensibiliza.
Ano após ano, discutiu-se o que fazer.
Anos de pressão para sensibilizar uma infinidade de líderes que se sucederam nas ações mais poderosas do planeta.
Dizem que 40 bilhões de dólares seriam necessários para resolver o problema da fome no mundo.
Resolver, capicce?
Extinguir.
Não haveria mais nenhum menininho terrivelmente magro e sem futuro, em nenhum canto do planeta.
Não sei como calcularam este número.
Mas digamos que esteja subestimado. Digamos que seja o dobro.
Ou o triplo.
Com 120 bilhões o mundo seria um lugar mais justo.
Não houve passeata, discurso político ou filosófico ou foto que sensibilizasse.
Não houve documentário, ONG, lobby ou pressão que resolvesse.
Mas em uma semana, os mesmos líderes, as mesmas potências, tiraram da cartola 2.2 trilhões de dólares (700 bi nos EUA, 1.5 tri na Europa) para salvar da fome quem já estava de barriga cheia. Bancos e investidores.

É uma pena que esse texto só esteja em blogs e
não na mídia de massa, essa mesma que sabe muito bem dar tapa e afagar...
Se quiser, repasse, se não, o que importa?
"O nosso almoço tá garantido mesmo..."

sexta-feira, 6 de março de 2009

O inicio de tudo

Bom, aqui estou eu me rendendo à mais uma isca do google. Confesso que gosto muito dos serviços desta empresa, mas até o presente momento não me via postando blogs sobre mim ou sobre assuntos que acho importante. Bom vamos experimentar e ver no que dá...