Nos últimos dias, muito se tem falado sobre os processadores ARM, seja porque equipam o iPhone e o Palm Pre, seja porque estão aparecendo até netbooks com eles. Mas eles estão entre nós há quase três décadas.
Qualquer dispositivo inteligente, desde um relógio de pulso até um computador, precisa de um “cérebro eletrônico” que faça o processamento das informações e execute os programas do usuário. Esse “cérebro” é o processador.
Em computadores de uso geral – PCs e Macs – os processadores têm de ser poderosos. Atualmente, os mais usados pertencem à chamada “família x86”, como os Intel Core 2 Duo e Atom, seguidos de perto por modelos da rival AMD. Mas em aplicações mais simples, como em celulares ou refrigeradores inteligentes, os x86 não são adequado: esquentam muito, gastam muita energia e são volumosos, além de terem desempenho além do necessário.
Nesses casos, um processador mais simples seria mais indicado. Descomplicados para programar, de tamanho reduzido e consumindo pouca energia, os processadores ARM foram criados em 1983 e, de lá para cá, alcançaram uma fatia expressiva de mercado: 90% de todos os dispositivos embarcados e mais de 98% de todos os celulares vendidos no mundo usam algum modelo ARM. Nessa conta entra um sem-número de dispositivos inteligentes, que vão de relógios, televisores e roteadores domésticos a smartphones sofisticados como o iPhone e o Palm Pre e alguns modelos de netbooks.
Não há apenas um processador ARM. A linha é composta por dezenas de modelos de processadores, cada um com uma aplicação e recursos específicos, divididos em 14 famílias. O projeto mais recente, batizado de Cortex A9, é destinado a netbooks e promete ser mais poderoso do que o Atom, da Intel.
A tecnologia ARM de processadores é projetada e desenvolvida pela ARM Holdings – que, todavia, não possui nenhuma fábrica. Em vez disso, licencia o projeto a outras indústrias que queiram fabricar versões dos chips. Dentre os licenciados da ARM Holdings estão, além da Broadcom, empresas como Samsung, Freescale, LG, Phillips/NXP, Sharp, Yamaha e Texas Instruments. Mesmo a Intel, através de sua subsidiária DEC, fabrica suas próprias versões licenciadas.
Mais informações sobre a família ARM pode ser obtida na Wikipédia pelo atalho tinyurl.com/ARMprocessor. Informações mais técnicas podem ser obtidas no site da empresa, em www.arm.com/products/CPUs.
Um fato curioso sobre os processadores ARM é que não há versão do Windows para eles, a não ser o Windows Mobile, cujo único ponto em comum com seu “irmão” para PCs é o nome. Todavia, há inúmeras versões de Unix e Linux para ele, entre elas o popular Ubuntu, o Android, o WebOS, sistema operacional do Palm Pre, e o iPhone OS.
Fonte: Geek
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