O chamado efeito borboleta, embora ilustrativo, explica o que cientistas chamam de teoria do caos – princípio que afirma que um pequeno evento pode ter conseqüências imprevisíveis, pois o resultado final é determinado por ações interligadas de forma quase aleatória.
Agora, Poul Jessen, da Universidade do Arizona, encontrou evidência do caos no sistema quântico. Sua descoberta liga o caos ao emaranhamento, a propriedade quântica na qual múltiplas partículas podem se tornar interconectadas, de forma que a mudança em uma afeta as outras.
A pesquisa foi feita com átomos frios de césio, que possuem uma característica conhecida como giro. A direção desse giro irá mudar se ele for perturbado pelos pulsos magnéticos de um campo. O objetivo dessa perturbação era ver se ela causaria a mudança do giro de forma caótica.
No exemplo da borboleta, os átomos de césio seriam o ar, e o campo magnético seria a própria borboleta, responsável pelo distúrbio (bater de asas) causado no sistema.
De acordo com os cálculos e experimentos, a equipe descobriu exatamente o que previa. Se o giro começasse estável, ele se alteraria de forma regular; mas caso contrário, o caos reinava e o giro mudava de direção rapidamente e de forma aleatória.
As descobertas, publicada na Nature, têm implicações na construção de computadores quânticos – e também levantam a questão: onde exatamente termina o mundo quântico, e onde começa o mundo clássico?
Fonte: InfoOnline
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