 
 Os amantes da arte terão uma ferramenta imprescindível  chamada "Art Project", iniciativa do Google, que permite que qualquer  utilizador descubra e visualize virtualmente mais de mil obras de 17 dos  principais museus do mundo com boa qualidade de imagem e possibilidade  de interação.
A página que os internautas poderão visitar é  www.googleartproject.com. O Metropolitan Museum of Art, Hermitage,  Palácio de Versalhes, Rijksmuseum, Tate, Museu Van Gogh, Reina Sofía e o  Thyssen estão entre as instituições que colaboraram com este projeto,  que propõe também um percurso virtual de 360 graus pelas galerias dos  museus graças ao street-view.
Obras como Noite estrelada de Van Gogh, do Moma de Nova York, A aparição de Cristo ao povo de Alexander Ivanov da Galeria Tretyakov de Moscou, ou O nascimento de Vênus de Sandro Botticelli da Galleria degli Uffizi poderão ser vistas em detalhes.
O Google conseguiu as obras com uma resolução de 7 bilhões de pixels  (uma qualidade de imagem mil vezes superior à das câmaras digitais  convencionais), o que permite ver com visão microscópica os detalhes do  traço das obras. As imagens são acompanhadas de explicações em vídeos do  YouTube, de uns três minutos de duração, com especialistas da arte.
O projeto foi apresentado na galeria Tate Britain, cujo diretor  Nicholas Serota destacou que o "Art Project" "dá uma oportunidade sem  igual de aproximação às grandes obras de arte". O vice-presidente  tecnológico do Google para a Europa, África e o Oriente Médio, o  brasileiro Nelson Mattos, considerou que se trata "de um grande passo  adiante na maneira pela qual as pessoas interagem com estas maravilhosas  peças de arte" e ressaltou que facilitará o acesso à arte para milhões  de pessoas que não podem visitar um museu.
Mattos afirmou ainda que o "Art Project" nasce com a vocação de  chegar a outros museus importantes que não estão na lista, como os  renomados Louvre e Prado. Amit Sood, diretor do projeto, não quis entrar  em detalhes sobre as razões que impediram que estes museus estivessem  na lista, mas afirmou que "a porta segue aberta".
O Google, que financia integralmente este programa, conseguiu  colocá-lo em andamento em um ano e meio, graças à participação de um  grupo de trabalhadores da própria empresa que embarcou no que a  companhia chama de "projetos 20%". Tratam-se de programas de incentivos  aos empregados da companhia, que passam a dedicar um quinto de sua  jornada de trabalho para pensar em iniciativas que potencialmente  poderão se transformar em um produto, como ocorreu com o "Art Project".
Miguel Ángel Recio, diretor-gerente do Thyssen, se mostrou muito  satisfeito com o produto e convencido de que, longe de afastar os  visitantes dos museus, este projeto servirá para estimular novas visitas  e atrair "outro tipo de usuário". "Para nós é muito positivo, porque  servirá para atrair pessoas que até agora não conhecem nada", disse  Recio.
Fonte: Terra 
